O Projeto

O Projeto
Ribeira Brava

Missão

Dar voz e lugar aos/às jovens na construção de uma Ribeira Brava viva, inclusiva e com futuro, onde a educação, o trabalho, a cultura e o lazer são caminhos de pertença, liberdade e transformação

Visão

Uma Ribeira Brava jovem e viva, onde crescer é pertencer, participar é transformar, e sonhar é um caminho com raízes no presente e olhos no futuro

Valores

A inclusão implica garantir que todos/as os/as jovens, independentemente da sua origem, género, identidade, condição económica ou capacidades, tenham acesso equitativo a oportunidades de desenvolvimento pessoal e comunitário.
É fundamental remover barreiras e criar ambientes seguros e diversos, onde cada jovem se sinta valorizado/a, respeitado/a e representado/a.

A juventude é, por natureza, criativa e aberta à mudança. Apostar na inovação significa apoiar novas ideias, metodologias e tecnologias que respondam aos desafios emergentes. É essencial incentivar o espírito empreendedor e experimental dos/as jovens, promovendo uma cultura de aprendizagem contínua, atitude proativa diante dos desafios e capacidade de transformar ideias em ações concretas.

Promover a participação ativa da juventude é criar oportunidades concretas para que os/as jovens façam parte das decisões e soluções. É envolver desde cedo quem tem ideias novas e vontade de transformar, dando-lhes voz em assembleias, projetos locais, associações e processos de cocriação. Mais do que ouvir, trata-se de trabalhar lado a lado, com ferramentas digitais, metodologias ágeis e espaços abertos à experimentação. Quando os/as jovens participam de forma real, fortalecem competências, sentido de pertença e a capacidade coletiva de inovar e construir uma Ribeira Brava mais dinâmica e inclusiva.

Estar próximo da juventude é mais do que ouvir, é compreender, agir e estar presente de forma autêntica. A vida de quem cresce entre a serra e o mar sente-se nos ritmos das freguesias, nas amizades, nos desafios e nas ambições de cada jovem. É nos espaços do quotidiano, nas escolas, nas ruas, nos encontros informais, que se constrói a confiança necessária para criar ligações verdadeiras. Proximidade é isto: conhecer o contexto, estar acessível e garantir que cada ação tem impacto real na vida dos/as jovens da Ribeira Brava.

A juventude da Ribeira Brava cresce entre o mar e a montanha, com uma identidade marcada pelas tradições, pelas famílias e pelo orgulho em pertencer a esta terra. Valorizar essa identidade é dar espaço para que os jovens se reconheçam na cultura local, nas histórias que os formam e nas expressões que os ligam à comunidade. É transformar o património material e imaterial numa base viva para a criatividade, a inovação e o futuro. Quando os jovens se sentem ligados às suas raízes, ganham força para explorar o mundo com confiança, levando consigo a Ribeira Brava como parte do que são e do que querem construir.

Juventude e Identidade Local

Sentimento de pertença da juventude à Ribeira Brava, reconhecendo as suas raízes culturais, património e diversidade como ponto de partida para novas formas de expressão, envolvimento e afirmação no território!

Valorização da Cultura e das Raízes

Compromisso social da juventude com o território, valorizando a identidade e a diversidade local, com empatia, trabalho colaborativo e diálogo entre gerações!

Juventude como Força Transformadora

Implementação de projetos estruturantes que promovam a competitividade, o emprego e a coesão social, e que deem resposta adequada às pretensões da Juventude, para incentivar a revitalização populacional e as atividades económicas, o desenvolvimento local sustentável, a melhoria da qualidade de vida dos/as jovens, e a edificação de uma sociedade mais equitativa, igualitária, livre e resiliente!

Território que Dá e Recebe

Ao apoiar a juventude, o território devolve em energia, vitalidade e futuro aquilo que recebe: o compromisso de uma geração que acredita na Ribeira Brava como lugar de vida e de oportunidades!

Juventude

Eixos Estratégicos

Participação, Cidadania e Comunicação

Eixo 1

Participação, Cidadania e Comunicação

Reforçar a participação efetiva da juventude na vida pública local através de mecanismos e espaços de escuta e co-criação que permitam aos/às jovens influenciar decisões, desenvolver iniciativas próprias e integrar processos democráticos.
Criar canais acessíveis, criativos e interativos onde a juventude possa comunicar, criar, informar e ser ouvida, através de linguagens, plataformas e formatos próprios.
Promover uma cultura de cidadania ativa, inclusiva e inter-geracional.
Incentivar a literacia cívica e digital para uma juventude informada e crítica.
Capacitar os/as jovens com conhecimentos e ferramentas que lhes permitam compreender o funcionamento das instituições, os seus direitos e deveres.
Valorizar a identidade local como motor de envolvimento e comunicação comunitária.
Qualidade de Vida e Território

Eixo 2

Qualidade de Vida e Território

Reduzir as desigualdades territoriais através da criação de respostas locais, assegurando que todos os/as jovens, independentemente do local onde vivem, têm acesso a informação, apoio, oportunidades e espaços de desenvolvimento pessoal e comunitário.
Fortalecer o sentimento de pertença da juventude à Ribeira Brava, reconhecendo as suas raízes culturais, património e diversidade como ponto de partida para novas formas de expressão, envolvimento e afirmação no território.
Fomentar o compromisso social da juventude com o território, valorizando a diversidade, a empatia, o trabalho colaborativo e o diálogo entre gerações.
Desenvolver uma cultura de saúde preventiva e equilíbrio emocional, com espaços e programas que incentivem o movimento, o lazer consciente, a escuta ativa e a ocupação positiva do tempo livre, em articulação com as especificidades do território.
Fomentar o protagonismo da juventude na preservação, requalificação e gestão sustentável de espaços naturais, zonas costeiras, áreas agrícolas e equipamentos urbanos, reforçando a literacia ecológica e o vínculo com o concelho.
Transformar o espaço público em território jovem, seguro, atrativo, funcional e criativo, através de equipamentos desportivos acessíveis, zonas de convívio, cultura urbana, percursos de mobilidade suave e iniciativas co-criadas com os/as jovens.
Autonomia e Futuro

Eixo 3

Autonomia e Futuro

Criar condições para que os/as jovens encontrem ou desenvolvam trabalho em Ribeira Brava, em áreas emergentes e com valor social, através de programas de empregabilidade, formação, empreendedorismo e inovação ligada ao mar, ambiente, turismo e cultura.
Reforçar a articulação entre escola, território e futuro, investindo em programas de aprendizagem ativa, formação profissional contextualizada, literacia financeira, e desenvolvimento pessoal e social.
Responder às dificuldades de habitação jovem com propostas colaborativas e sustentáveis, como co-living rural, habitação partilhada, programas inter-geracionais e reabilitação de património subutilizado com função social.
Incentivar a criação de negócios com base nos recursos locais, naturais, culturais e humanos, através de espaços de incubação, mentorias, acesso a financiamento e redes de colaboração local e internacional.
Promover uma cultura de autonomia juvenil, reconhecendo a importância de redes de apoio, serviços acessíveis e confiança institucional.
Criar condições para que os jovens possam viver, trabalhar e desenvolver projetos no seu território, com soluções inovadoras e sustentáveis que respondam aos desafios do presente, como habitação acessível, coworks, economia circular ou agricultura regenerativa.

Perfil dos Jovens

Indecisos/as

A transição para a vida adulta é vivida com um sentimento persistente de incerteza. O futuro profissional surge como uma promessa vaga, os rendimentos são escassos ou intermitentes, e os modelos de vida das gerações anteriores parecem desajustados à realidade atual.


Entre o apelo à qualificação e a perceção de que “aqui não há saída” (embora muitas vezes economicamente, também não seja possível ir estudar para fora), instala-se uma ansiedade silenciosa, muitas vezes disfarçada de desmotivação, indiferença ou indecisão sobre o que querem ser ou fazer.

Injustiçados/as

Entre muitos/as jovens, há um sentimento crescente de injustiça pelo modo como são tratados/as no seu próprio território, face ao que observam a nível de apoios que são dados a imigrantes, novos residentes ou projetos externos.
E sentem que, apesar de terem nascido ou crescido em Ribeira Brava (ou de forma mais lata, na Madeira), não são tão reconhecidos/as pelas políticas sociais que deveriam equilibrar o acesso às oportunidades e à valorização de tod@s. No entanto, embora exista uma prevalência deste sentir, os/as jovens acham que, as pessoas mais desfavorecidas devem ser apoiadas para melhorarem a sua condição de vida.
Dentro desta temática da “injustiça”, cabe também a reflexão de se sentirem pouco “ouvidos/as”, no que se refere aos seus problemas e às suas necessidades diárias, sentindo-se muitas vezes “invisíveis” na sociedade em que se inserem.

Práticos/as

Apesar das dificuldades que enfrentam enquanto jovens em transição para a vida adulta, são realistas na análise da sociedade onde estão inseridos/as, pedindo por isso, soluções simples e práticas, que envolvam pouca burocracia e que efetivamente possam contribuir para a resolução de alguns dos seus problemas.

Inclusivos/as

A questão da inclusividade pode ter várias vertentes, como por exemplo: no que respeita à igualdade de género, os/as que abordaram esta temática estão conscientes que ainda existem grandes discrepâncias, principalmente de oportunidades de emprego e a nível salarial; no que toca à orientação sexual, sentem que ainda há muita descriminação das pessoas que não seguem o que está instituído como “norma” ou “padrão”; quanto às acessibilidades, esta situação também foi referenciada pelos inquiridos/as, que identificaram que por vezes os acessos são difíceis para pessoas que tenham algum tipo de deficiência ou de necessidade específica ou tenham mais idade.
Ao reconhecerem estas situações, estes/as jovens estão abertos/as a serem mais inclusivos/as, estando disponíveis para darem o exemplo.

Enraizados/as

Apesar dos desafios, há uma ligação emocional forte ao concelho, à paisagem, à comunidade e às histórias familiares.
A identidade local é vivida com orgulho discreto, manifestando-se no desejo de “fazer algo aqui”, de ver a terra crescer e de contribuir para a mudança. Pelo que, gostariam de participar mais da vida cívica, institucional e política (embora muitas das vezes não saibam de que forma ou como) e de sentir que pertencem a um lugar que se regozija da sua juventude...
Querem reconhecimento, estabilidade, criar vínculos e contribuir com o seu conhecimento, trabalho, compromisso e criatividade para um Município mais coeso e sustentável.